Nessa edição contribuí com uma tirinha baseada numa história real enviada por Mr. Moura na comunidade do Suporte no Orkut.
Nessa edição contribuí com uma tirinha baseada numa história real enviada por Mr. Moura na comunidade do Suporte no Orkut.
Arthur Penn, diretor dos filmes como “Bonnie & Clyde – Uma Rajada de Balas” (1967) morreu nesta terça-feira à noite, um dia após ter completado 88 anos, informou hoje o diário “The New York Times”.
Evan Bell, amigo pessoal do cineasta durante 25 anos, disse que o cineasta ficou doente por quase um ano, mas não deu mais detalhes sobre a morte. Penn foi três vezes indicado ao Oscar de Melhor Diretor por “O Milagre de Anne Sullivan” (1962), “Bonnie & Clyde: Uma Rajada de Balas” (1967) e “Deixem-nos Viver” (1969).
“Bonnie & Clyde” (considerado por Scorsese um dos seus filmes preferidos) é uma obra-prima revolucionária. Seu final antológico e extremamente violento inspirou, entre outras coisas, a cena da morte de Sonny Corleone em “O Poderoso Chefão”.
Trailler de Bonnie & Clyde
Artigo de Luis Nassif
Dois especialistas respeitados, Cláudio Weber Abramo e Eugênio Bucci, discorrendo sobre os conflitos Lula x mídia; e Mônica Waldvogel tentando arrancar ameaças à liberdade de imprensa.
Em nenhum momento abordam a essência da velha mídia, a falta de um ambiente competitivo, as distorções na Justiça impedindo o direito de resposta.
Abramo insiste na tese de que parte relevante das denúncias contra a Casa Civil foi confirmada.
As denúncias comprovadas: jogo de lobby do filhos de Erenice Guerra e de seus companheiros prometendo facilidades.
As denúncias não comprovadas. Só essas:
1. O lobista que disse que entrou no apartamento de Erenice sem caneta, ou qualquer objeto que pudesse ter gravador, e negociou pagamento de R$ 4,5 milhões.
2. A informação de que Erenice teria dito que o dinheiro ia para “a chefe”.
3. A informação de que o BNDES vetou um financiamento de R$ 9,2 bilhões a um escroque (que sequer tinha um contrato assinado com a empresa fabricante) por não ter pago uma propina à Casa Civil.
4. O besteirol sobre a propina do Tamiflu.
5. A não comprovação de que tenha ocorrido qualquer uma das facilidades oferecidas.
Bucci tem visão mais sistêmica. Entende a imprensa como algo que vai além dos veículos. Seu problema é analisar um modelo ideal que não existe na prática. Dizer que o Judiciário é ameaça à imprensa é ignorar que não existe defesa hoje em dia para vítimas da imprensa, especialmente contra os grandes grupos, que não existe o direito de resposta. Ao afirmar que que há diversidade nos veículos simplesmente passa por cima da estrutura de formação da opinião midiática: o sistema dos grandes jornalões de São Paulo e Rio, mais Abril e principalmente a Globo.
Os dois entrevistados dividem a mídia em dois grupos: o jornalismo empresarial, livre, não partidário; e a imprensa do interior, manipulada. Bucci é mais ponderado, inclusive reconhecendo abusos da mídia e admitindo que nunca o país atravessou uma fase de liberdade de imprensa como a atual.
Mônica Wandovgel insiste em teorias conspiratórias, diz que paira a ameaça sobre a “lei dos meios”. Prova disso: emails que recebe de leitores irados. Ponderado, Bucci considera que Brasil não é Venezuela. Mas Abramo diz que tudo se pode esperar já que ele próprio divide o mundo entre a virtude (a imprensa empresarial) e o banditismo (o sistema político).
Abramo considera que a única forma válida de jornalismo é o da redação convencional. E a imprensa só melhorará se houver desenvolvimento econômico porque com mais desenvolvimento haverá mais demanda por informação. Ou seja, os defeitos da imprensa – se existirem – se devem à falta de desenvolvimento. O pai Cláudio Abramo certamente seria um pouco mais sofisticado em suas análises.
Bucci entende que a maneira de melhorar a imprensa é aumentar a liberdade de imprensa: uma maneira sutil de dizer que é necessário mais competição na mídia. Dentro das limitações de, hoje em dia, fazer a crítica à mídia respeitando limites estreitos – para não ser banido do espaço conquistado – Bucci se comporta com isenção.