[Suporte falando ao telefone]
Suporte: Alô! Fukuda? Tudo bom?
Suporte: Tô ligando pra te parabenizar pelo desempenho do Japão nas olimpíadas!
Suporte: Fica na linha que vou transferir a ligação pra um colega que também quer te dar os parabéns!
Suporte [com sorriso maquiavélico]: O nome dele é Gérson!
Jovem Aprendiz [ao celular]: Aqui no Japão eles usam uma tecnologia que eu nunca vi para transferência remota de documentos!
Voz do Jovem Aprendiz: Chama-se Fax!
[Suporte com cara de incrédulo]
Jovem Aprendiz: O negócio aqui no Japão é… é…
Voz do Suporte: Inacreditável!
Jovem Aprendiz: Exatamente!
Jovem Aprendiz [falando ao celular]: Aqui no Japão é incrível!
[Empolgado, o Suporte escuta do outro lado da linha]
Jovem Aprendiz: Ele utilizam um tipo de tecnologia de armazenamento de dados que eu nunca vi na minha vida!
Jovem Aprendiz [segurando um disquete]: Você vai pirar quando eu te mostrar!
Gerente [falando com a Garota Suporte]: Preciso que você faça hora extra hoje.
Gerente: Mas não se preocupe que irei mandar o estagiário trazer comida pra você.
Gerente: Você prefere culinária japonesa ou europeia?
Garota Suporte: Europeia!
[Depois…]
Gerente [entregando uma nota de dinheiro ao Estagiário]: Esquece o miojo, Aspira. Vai na padaria da esquina e traz pão francês com mortadela bolonhesa.
[Camiseta do Estagiário: Spotify]
Descobri a existência desse filme no mesmo dia em que Kurosawa morreu. Passava um especial na televisão homenageando o mestre, quando fui arrebatado pelas cenas das batalhas. As poucas imagens mostradas nesse programa já tornaram RAN um dos meus filmes favoritos.
O caos e a violência originados da estupidez humana, são pintados na tela com uma maestria que eu, particularmente, nunca vi igual. Nesse filme os maiores vilões são também as maiores vítimas.
A cena final resume (de forma genial e incomparável) todo o filme em apenas uma imagem. Mais que isso, simboliza a humanidade perdida, abandonada, cruel e indefesa contra si mesma.