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Quer ajuda para turbinar aquele PC gamer?

PC gamer - Vida de Suporte

Transcrição:

Alex: O chefe comprou o PC gamer com as configurações que você sugeriu?
Suporte: Não. Ele preferiu dar ouvidos ao sobrinho.
Alex: Bom, mas o patrão tá conseguindo jogar?
Suporte: Só paciência.
Chefe [irritado, diante do computador]: Porcaria! Travou de novo!!!

Uma situação clássica na estressante rotina do profissional de Tecnologia da Informação (e mais frequente do que alguns podem imaginar), é quando você consegue uma merecida pausa no expediente para dar um pulo na copa ingerir o líquido sagrado (também conhecido como cafezinho) e chega aquele famoso usuário mais temido que assombração pelos técnicos da firma, gabando-se da sua nova aquisição tecnológica: um PC Gamer “turbinado”!

A máquina “top de linha” possui em sua espantosa configuração, nas próprias palavras do usuário, “um processador de duas cores com 2 giga de HD e 80 giga de memória RAM”.

Você faz um grande esforço para não cuspir o café enquanto escuta a empolgada descrição do mítico computador, que provavelmente foi comprado pelo usuário de um primo ou cunhado malandro.

O user te pergunta o que dá pra jogar naquela “Ferrari” e você seriamente cogita em sugerir que ele pode jogar Damas (Xadrez é muito complicado) no gabinete. Era só pintar o tabuleiro quadriculado na tampa lateral do gabinete e ser feliz.

Mas antes que você tenha a oportunidade de citar a ideia; o feliz comprador pergunta se você estará livre no fim de semana para instalar alguns games sinistros pra ele.

Você olha rapidamente em volta do escritório à procura de uma janela aberta pela qual possa fugir, mas lembra-se que está no terceiro andar e que uma queda dessa altura poderia quebrar as suas pernas. Aí seria pior. Você seria levado para o hospital onde o usuário iria fazer o favor de levar o computador até o seu leito para a instalação do Skyrim. Assim você teria uma distração e o usuário, pelo favor, não precisaria nem pagar pelo serviço.

Você volta ao mundo real bem no momento em que ele falava alguma coisa sobre a própria empolgação de ver os gráficos de The Witcher 3 rodando naquela belezinha. Quando o usuário novamente questiona se você poderia passar na casa dele no domingo para configurar a máquina, subitamente te chamam no TI. Um servidor caiu e algumas dezenas de estações estão paradas. Você respira aliviado e corre para atender o chamado. Há males que vêm para o bem.

Tem também aquele usuário que solicita a sua visita técnica para um problema urgente que só pode ser resolvido presencialmente. Aí vai você pegar um busão lotado, onde vai perder um tempão preso num engarrafamento corriqueiro para chegar lá e constatar que o incidente de “vida ou morte” era apenas a maldita tecla num lock desativada por engano pelo antílope (apelido carinhoso pelo qual você chama mentalmente o usuário imediatista).

A odisseia de volta à firma já está em sua mente quando o antílope pede uma ajudinha com outra coisa. Coisa besta. Aproveitando que você está lá.

Ele pede que você passe de uma fase difícil do joguinho favorito dele. Já que você é o “menino do computador”, isso deve ser moleza. Afinal, nem todo gamer é profissional de TI, mas todo profissional de TI é gamer. Bem, pelo menos isso é o que “pensa” aquela criatura. Que não raramente tem parentesco com o chefe. Por esse motivo, você mantém a compostura e não parte pra ignorância. Caso contrário, é game over.

Outro causo bem comum é o do patrão (que se acha o próprio Bill Gates por certa vez ter conseguido atualizar o Java sozinho) recém-dono de uma belezura de fazer inveja. Processador I7 9ª geração, fonte Corsair 1000w, placa GTX 1080, SSD de 500 GB, gabinete Bluecase! Coisa linda de se ver.

O chefinho quer entrar na onda das gamers e pede que você instale alguns jogos pra ele.

Pois não, chefe. Metro Exodus, GTA 5, Rise of Tomb Raider, Far Cry 5?
Não, não. Copas e Campo Minado.

O seu sonho agora é colocar uma mina da Segunda Guerra Mundial na cadeira do chefe.

Outros momentos gloriosos da nossa vida de suporte são os protagonizados pelos estagiários, carinhosamente conhecidos como aspiras. Quando, por exemplo, você pede ao aspira para pesquisar uma fonte gamer e ele responde perguntando:

Não serve a Comic Sans ou Arial?

Bom, não vou mentir. Eu também já fui estagiário e já tive o meu tempo de queimar algumas fontes ligando computadores nas voltagens erradas. Talvez seja por isso que eu seja tão “malvado” com os aspiras, como alguns leitores dizem.

O personagem do Estagiário, ao contrário do Gérson e Mauro, não foi inspirado por uma pessoa específica com quem eu tenha trabalhado. Mas sim em vários colegas aspiras com quem tive o prazer de conviver no trampo e até baseado em mim mesmo.

E já que falei no Gérson, está aí um personagem que me surpreende até hoje pela sua popularidade apesar das poucas tirinhas com a sua participação, se comparado com outros personagens, como o Estagiário, o Chefe e a Usuária.

O Gérson sim foi inspirado por um colega de trabalho um tanto quanto temperamental. E sim, todos do TI tinham medo de falar com ele. Especialmente nas segundas-feiras. O pavor causado no escritório consequentemente gerava zoação da galera entre si. Não com o Gérson, claro.

Há entre os leitores uma grande quantidade de fãs que sempre pedem novas tiras com o Gérson. Acho que em quase toda empresa de tecnologia da informação tem um Gérson pra chamar de seu.

O Mauro teve como inspiração uma figuraça de carne e osso, que já me rendeu boas gargalhadas e alguns dos momentos mais divertidos da minha vida. É minha vontade fazer mais tirinhas com esse personagem, que também tem fãs fiéis.

A Usuária e o Chefe não são baseados em pessoas específicas, mas em várias figuras com quem tive contato nos meus anos trabalhando como suporte técnico. Acredito que inconscientemente o Chefe também foi inspirado em alguns personagens fictícios dos quadrinhos e cinema.

Os usuários, por sua vez, são responsáveis pela cena mais frequente de todas as outras citadas anteriormente. É justamente a do usuário que ignora a diferença entre hardware e software.

Sr., qual o seu sistema operacional?
Meu o quê?!
Qual o seu Windows?
Ahhh! É um processador I5.

Não importa se você está perguntando a quantidade de memória, a marca do monitor, o browser, a hora ou o signo. O usuário sempre vai responder “processador I5”.

Lembrei agora de uma história que virou tirinha nos primórdios da existência da página Vida de Suporte (quase uma década) e que até hoje, quase toda a semana, é enviada por diferentes leitores para mim como sugestão de tirinha.

A história é assim: o usuário entra em contato com o suporte técnico devido a um travamento da janela de um programa qualquer.

Sr., por favor feche a janela.

Solicita o suporte.

Um minuto…

“Bam”! Ruído de algo batendo.

Pronto! Já fechei. Mas agora ficou tudo escuro aqui.

Diz o usuário.

O pobre profissional de suporte técnico fica confuso e pergunta.

O Sr. fechou qual janela?
A da sala, ué!

Essa situação é, inacreditavelmente, mais comum do que se pode imaginar.

Outros personagens também ganharam popularidade entre os leitores do Vida de Suporte, como o Jovem Aprendiz, o Gênio do WinRAR, o Super Suporte e o Sobrinho.

O Jovem Aprendiz, ou Menor Aprendiz, é o rival do Estagiário. Como uma vez o Aspira mesmo disse, o CPD é pequeno demais para os dois.

O Gênio do WinRAR era um usuário que acabou sendo promovido e iniciou uma bem sucedida e bem remunerada carreira como guru tecnológico, apenas porque sabia descompactar arquivos do WinRAR.

Demolidor é o homem sem medo, Wolverine o homem sem passado, e o Super Suporte é o homem sem dinheiro, reconhecimento, valorização, respeito, descanso, acho que deu pra entender a ideia.

Um bom número de usuários, ou possíveis clientes, tem um sobrinho que possui uma solução mais barata (e duvidosa) que a sua para o problema da impressora ou computador. Esses espécimes são especialmente irritantes para qualquer prestador de serviços de TI que se preze.

Essas são só algumas das situações rotineiras no departamento de TI. E claro que tudo isso fica bem mais divertido em uma tirinha do que eu aqui escrevendo. Em tempo, algumas da histórias contadas acima já viraram tiras e foram publicadas no blog e perfis nas redes sociais do Vida de Suporte.

Mas do que eu estava falando mesmo no começo do texto? Ah! PC gamer! Isso.

Voltando ao assunto original… o tal do sobrinho tem uma participação especial nesse tema. Já que geralmente as suas soluções, mais “baratas”, para processadores e outros componentes para jogar no computador vão resultar invariavelmente na máquina sendo jogada no lixo.

Todos esses acontecimentos relatados foram para reforçar o que (quase) todo mundo sabe: profissional de tecnologia da informação não tem vida fácil.

Então toda ajuda é bem-vinda quando precisamos montar uma máquina, seja para trabalho, como um servidor ou estação corporativa. Seja para diversão, como um PC gamer realmente turbinado.

A ajuda que o KaBuM! oferece é a facilidade de encontrar bons produtos por preços acessíveis de verdade. São processadores, fontes, gabinetes e diversos acessórios de hardware das melhores marcas do mercado em promoção. Garantindo confiança e facilitando o seu trabalho de montar aquele PC gamer para algum cliente ou pra você mesmo. Afinal “menino do computador” também pode ser gamer. Apesar do salário dizer o contrário.

Nos meus tempos de help desk, a galera do escritório esperava só o ponteiro do relógio marcar dezoito horas para iniciar o Half-Life em rede. Pra quem não sabe, Half-Life é o game que, de certa forma, deu origem a Counter-Strike.

Era o momento de desestressar. Todo mundo contra todo mundo em partidas alucinantes com tiros, flechadas, labaredas de fogo, explosões, facadas e rajadas de laser. Porém a rivalidade e competitividade entre nós era tão grande que, não raramente, as sessões de mata-mata deixavam o jogador ainda mais estressado.

Ainda bem que o nosso “Gérson” não gostava desse jogo.

Claro que nunca houve algum episódio de agressão física por causa da tiração de sarro durante as partidas. Talvez houvesse, se o estagiário por acaso tirasse o servidor do jogo da tomada para ligar o seu carregador de celular. Acho que talvez isso fosse até pior do que desconectar o servidor do sistema utilizado pelos usuários em pleno horário de expediente.

Também rolavam partidas em rede de Diablo 2, Warcraft e Starcraft. Mas a adrenalina de vários jogadores atirando um no outro loucamente era bem mais divertido. O chefe, claro, não gostava dessa bagunça.

Era muita zoação e uma das coisas que mais sinto falta quando esse que vos escreve trabalha como suporte técnico numa softhouse.

Está aí! Tive uma ideia! Vou dar uma conferida nas promoções do KaBuM! para montar a minha própria máquina gamer. Quem sabe com um teclado e mouse irados. Claro que pra jogar Half-Life não é necessário nenhum processador I7. Mas acho que vou me atualizar e me aventurar em games mais modernos, com gráficos mais impressionantes.

Quem sabe você e eu não nos encontramos em alguma partida on-line.

Post publieditorial.

2 Comentários

João disse:

Além do Mário e do Gérson, nenhuma outra personagem tem nome próprio ?

André Farias disse:

O suporte, personagem principal, chama-se Léo. Apesar de quase não ser citado.

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