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Artigo de Luis Nassif
Dois especialistas respeitados, Cláudio Weber Abramo e Eugênio Bucci, discorrendo sobre os conflitos Lula x mídia; e Mônica Waldvogel tentando arrancar ameaças à liberdade de imprensa.
Em nenhum momento abordam a essência da velha mídia, a falta de um ambiente competitivo, as distorções na Justiça impedindo o direito de resposta.
Abramo insiste na tese de que parte relevante das denúncias contra a Casa Civil foi confirmada.
As denúncias comprovadas: jogo de lobby do filhos de Erenice Guerra e de seus companheiros prometendo facilidades.
As denúncias não comprovadas. Só essas:
1. O lobista que disse que entrou no apartamento de Erenice sem caneta, ou qualquer objeto que pudesse ter gravador, e negociou pagamento de R$ 4,5 milhões.
2. A informação de que Erenice teria dito que o dinheiro ia para “a chefe”.
3. A informação de que o BNDES vetou um financiamento de R$ 9,2 bilhões a um escroque (que sequer tinha um contrato assinado com a empresa fabricante) por não ter pago uma propina à Casa Civil.
4. O besteirol sobre a propina do Tamiflu.
5. A não comprovação de que tenha ocorrido qualquer uma das facilidades oferecidas.
Bucci tem visão mais sistêmica. Entende a imprensa como algo que vai além dos veículos. Seu problema é analisar um modelo ideal que não existe na prática. Dizer que o Judiciário é ameaça à imprensa é ignorar que não existe defesa hoje em dia para vítimas da imprensa, especialmente contra os grandes grupos, que não existe o direito de resposta. Ao afirmar que que há diversidade nos veículos simplesmente passa por cima da estrutura de formação da opinião midiática: o sistema dos grandes jornalões de São Paulo e Rio, mais Abril e principalmente a Globo.
Os dois entrevistados dividem a mídia em dois grupos: o jornalismo empresarial, livre, não partidário; e a imprensa do interior, manipulada. Bucci é mais ponderado, inclusive reconhecendo abusos da mídia e admitindo que nunca o país atravessou uma fase de liberdade de imprensa como a atual.
Mônica Wandovgel insiste em teorias conspiratórias, diz que paira a ameaça sobre a “lei dos meios”. Prova disso: emails que recebe de leitores irados. Ponderado, Bucci considera que Brasil não é Venezuela. Mas Abramo diz que tudo se pode esperar já que ele próprio divide o mundo entre a virtude (a imprensa empresarial) e o banditismo (o sistema político).
Abramo considera que a única forma válida de jornalismo é o da redação convencional. E a imprensa só melhorará se houver desenvolvimento econômico porque com mais desenvolvimento haverá mais demanda por informação. Ou seja, os defeitos da imprensa – se existirem – se devem à falta de desenvolvimento. O pai Cláudio Abramo certamente seria um pouco mais sofisticado em suas análises.
Bucci entende que a maneira de melhorar a imprensa é aumentar a liberdade de imprensa: uma maneira sutil de dizer que é necessário mais competição na mídia. Dentro das limitações de, hoje em dia, fazer a crítica à mídia respeitando limites estreitos – para não ser banido do espaço conquistado – Bucci se comporta com isenção.
No dia 15 de setembro de 1995, Lírio Mario da Costa, o Costinha, deixou a vida para entrar na história. Nascido no Rio de Janeiro, filho de um palhaço, iniciou a carreira mimetizando o pai, que abandonou a família pouco antes de Costinha completar 13 anos de idade. Trabalhou como garçom, engraxate, apontador de jogo do bicho e faxineiro da Radio Tamoio, onde despontou para o panteão dos grandes homens que fazem a história.
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