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Manual do Analista de Suporte

Publicado em 25/04/2011 em Artigos,Por aí...

Trecho do artigo de João Claudio de Oliveira Gonçalves publicado no iMasters:

(…)

Quando saber vale mais que a teoria

Por fim, o que para muitos seria o primeiro item, eu cito o conhecimento técnico de TI. Coloquei esse item como último por entender que os tópicos anteriores servem de apoio para tal e também acho o item mais extenso de discursar. Já li alguns artigos discutindo o que é mais vantajoso: cursar uma faculdade na área ou se certificar em alguma tecnologia. Acredito que a melhor resposta para essa questão é apenas: o importante é saber.

As duas vantagens servem como comprovantes de que você sabe ambos e que estes são igualmente importantes para aumentar o seu networking – o que vai facilitar muito a conquista de uma posição no mercado. Porém, eu creio que vantagens assim pouco adiantam se você simplesmente passa por elas sem que realmente tenha aprendido algo.

A minha crítica maior fica para a maioria das Instituições de Ensino Superior, pelo menos as do Rio de Janeiro, onde tenho baseado minhas entrevistas. Observo uma preparação de forma inadequada do setor acadêmico para o mercado de trabalho. Já entrevistei pessoas graduadas em Redes de Computadores que conheciam o modelo ISO/OSI a fundo, mas nunca tinham logado em um roteador ou switch, e muito menos sabiam me explicar qual a relação entre o modelo e a escolha por usar um switch L2 ou de multicamadas.

Aos profissionais certificados, minha crítica é que alguns simplesmente decoram o conteúdo e não sabem aplicá-lo na prática. Por exemplo, já trabalhei com um profissional certificado em Exchange que não conseguiu resolver o problema por desconhecer que o apontamento MX no DNS é quem define quem irá receber o e-mail – e o problema era justamente esse.

O apontamento fora feito para um IP que estava abaixo de um nó do Load Balance, e esse quando chaveou recebeu outro IP e parou de receber e-mail. A solução era simplesmente apontar para o IP VIP de Load Balance que resolveria não só dessa vez como em erros futuros. A explicação pareceu complicada? Tentei ser o mais simples possível, pois minha ideia é ilustrar que falta hoje para o profissional buscar um algo mais.

Clique aqui para ver o artigo completo.

9 Comentários

Murilo Rodrigues disse:

Interessante, não quer dizer que eu concorde, mas o objetivo das faculdades é ensinar a teoria, para que baseado nela os acadêmicos, apliquem na prática, ja os cursos técnicos, focam mais na prática deixando um pouco de lado os conceitos. Agora quanto as certificações, também temos um problema no processo, o ideal e alinhar teoria e prática balanceadas…

Eduardo Siqueira disse:

Concordo com você em muitos pontos. Porém, o conhecimento técnico em ferramentas, peças, situações específicas não é missão da faculdade (pelo menos dos cursos de bacharelado). O objetivo é dar ao aluno base teórica e prática, capacitando-o a atuar em diferentes cenários. O conhecimento técnico específico depende de cada pessoa. Mas no geral você está certo, conheço muita gente com muita titulação e pouco conteúdo.

vitor rubio disse:

Acho que todo mundo que pergunta: “o que é melhor, uma faculdade ou um curso de certificação” mereceria a mesma resposta: ambos! são cursos diferentes que vão ensinar coisas diferentes. Não tem como comparar. A escolha de um ou outro vai depender do momento na sua carreira, e para quem não fez nenhum dos dois qualquer um serve para começar.

adenilson disse:

pois é cara, apesar de eu ter apenas 16 anos ja compartilho a mesma opiniao que voce.
ha muita gente que apenas decoram o conteudo, ou tem somente o “certificado” mas quando voce vai e pede pra ela fazer na pratica nao da conta.

Ate mesmo meu ex-professor de Programação, ele falava que Montagem e manutenção era facil, que qualquer um podia montar um computador, mas quando ele precisou formatar o proprio computador, teve que recorrer ao tecnico do laboratorio.
lamentavel…….

valorizo mais quem realmente sabe fazer doque o “certificado”

Thiago disse:

Eu já acho que o problema é outro. Como que podem cobrar da Academia o ensinamento de coisas “triviais”? Isso só se aprende na prática, e para o estudante sem experiência, só resta o estágio.
O grande erro é que, para as empresas, estágio = mão-de-obra barata. Basta ver os requisitos de alguns “estágios”.

Sou professor universitário e também ensino em cursos técnicos, sei bem o que o autor quis relatar no paper, convivo com isso quase que diariamente.

O fato é que os profissionais precisam entender que não existe um caminho “belo e maravilhoso” a se seguir na área de TI, os esforços devem ser compartilhados entre os diversos interesses do mercado, sejam eles na área acadêmica (graduação, especialização, mestrado…), seja eles na área técnica (extensões, certificações…).

Por isso estudem!

Carlos disse:

@Adenilson, esse ex-professor seu me lembra um estagiário que trabalhou comigo que se dizia apto pois tinha feito vários cursos, mas quando eu pedi para ele trocar as memórias de um computador ele buscou no google como fazia isso! face palm total!

A faculdade foi muito boa pra mim pelo networking e a aprendizagem de muitos conceitos.
No curso de certificação que fiz, fui direto ao ponto que me interessava.
Mas nenhum deles vale nada se a pessoa não aprende a pensar, chegar a conclusões, usar a imaginação e ir além do que é falado/ensinado.

Pablo disse:

ese manual deveria virar livro…….kkkkkkk

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